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Claudete P. Soares
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Textos
Soneto dos ponteiros


Eu, enrolada nos lençóis, matutava:
O tempo é um relógio sem ponteiros,
Lento ou veloz, não é ele quem passava.
Nesse trem, somos nós os passageiros.

Passamos, ele fica, sempre inteiro,
refazendo-se em nós a cada pulso.
Não morre, não há tempo derradeiro...
Serve-me longo, quando não mais busco.

O tempo é um espelho, feito o mar,
nos refletindo a face do universo.
Sua imagem, a vida que nos há.

Estou nas horas. Elas, no que expresso.
Vou sem ponteiros, como vai o tempo,
traçando as linhas soltas do meu verso.




 
Claudete P Soares
Enviado por Claudete P Soares em 17/07/2020
Alterado em 17/07/2020
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