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Claudete P. Soares
Poetrix e outros tiques
Textos
ALVAREZ DE AZEVEDO
O poeta espreitou a morte.
Dela se fez sentinela,
Espiou seu semblante
E se sentiu nela...

Carregou à pena,
Carregada de tinta,
E exercitou sem pena
Seu mórbido poema...

Vestiu sua musa
De inalcançáveis vestes,
Mas decifrou sob a blusa
Flores para o seu agreste.

Fez da vida seu aviso prévio
Ante a morte sem aviso.
Cantou o verme, o fel , o vil...
Mas o sonho... lhe foi mais preciso.
Claudete P Soares
Enviado por Claudete P Soares em 11/08/2008
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